terça-feira, 14 de abril de 2009

Uma Aula com Noblat

O jornalista falou sobre a carreira e definiu o perfil do novo profissional em uma entrevista informal a graduandos do curso.

Os estudantes do Centro Universitário Newton Paiva tiveram um momento de aprendizado e experiência profissional em uma coletiva concedida pelo jornalista Ricardo Noblat, na última semana. Ele foi entrevistado pelo colega de profissão Claudinei Ferreira e pelos próprios alunos, quando falou sobre vários temas, em especial, o Jornalismo Digital.
Algumas perguntas foram focadas em como deve ser o perfil do jornalista, muito abordado no livro de sua autoria “O que é ser jornalista?”. Os outros questionamentos versaram sobre o relacionamento com novas mídias e como o profissional deve trabalhar com elas.
Em 2004, Noblat estava desempregado e criou, por acaso, um blog onde as notícias eram atualizadas semanalmente. Com o passar do tempo, ele percebeu que as notícias não se sustentavam entre uma postagem e outra, por isso começou a atualizar sua página com mais frequência. Como era conhecido e já carregava no currículo grandes veículos de comunicação, o “Blog do Noblat” começou a receber mais visitas a cada dia. Atualmente, cerca de 50 mil internautas o acessam.
O blogueiro disse ainda que, ao contrário do que muito pensam, ter um blog de notícias exige muito mais responsabilidade. A apuração, a edição e a publicação em geral são de inteira responsabilidade do mantenedor do espaço na web. Além disso, há uma relação muito próxima com o leitor, proporcionando interatividade e respostas rápidas do público.
Noblat escreve sobre política há muitos anos e na internet não foi diferente. Afirmou que o tema sempre foi alvo de preconceito e que a culpa é de quem escreve sobre o assunto. “Política é muito interessante, trata das nossas coisas. As pessoas é que não sabem escrever sobre o assunto, de forma chamativa. A política não é chata”, enfatizou.
A entrevista terminou com a pergunta de um estudante sobre a possível queda do jornalismo impresso, para dar lugar ao on line. O jornalista foi sincero e disse que não tem uma resposta concreta para a questão, mas afirmou que é inegável que, pelo menos, a linguagem dos jornais devem mudar, para se adequar à realidade dos novos leitores.

Vladimir Vilaça

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